Desde que a onda de Zumbis explodiu no mundo, a temática vem sendo usada em diversas obras – filmes, séries, jogos, quadrinhos- sem nunca perder o interesse do público.
Em 2003 foi lançada a HQ The Walking Dead, escrita por Robert Kirkman, e no Halloween de 2010 o público pôde conhecer a já aguardada série adaptada. Em sua primeira temporada, The Walking Dead foi surpreendente, não chegou a ser totalmente fiel aos quadrinhos, mas era munida de um elenco com uma sintonia incrível, efeitos impressionantes, tramas particulares e claro, aquilo que todos queriam ver: Zumbis atacando pessoas.
Ao longo dos anos, a série teve seus altos e baixos, atingindo seu ponto mais baixo na 4ª temporada, onde a qualidade caiu e o público começou a abandoná-la. A premissa continuava a mesma, um cenário pós-apocalíptico focado em um grupo tentando sobreviver, sempre agregando ou perdendo alguém no caminho, mas após quatro anos, a mesmice da trama, somada com as mudanças cada vez maiores em relação à obra original, começou a cansar e a audiência caiu.
Para remediar, os produtores começaram a investir em mais ação, sempre tentando ser mais fieis às HQ’s e isso gerou o problema atual da série: um padrão onde a temporada começa boa, fica parada até um mid-season finale cheio de ação e então melhora novamente só no finale. Assim, os fãs vão levando, já cientes desse padrão, porém nunca abandonando seus personagens.
Independente das quedas de qualidade, The Walking Dead possuí uma visão extremamente interessante do mundo, onde os Walkers, que deveriam ser a maior ameaça aos sobreviventes, se tornam o desafio mais fácil. A cada temporada um novo vilão aparece, gradativamente aumentando o nível de maldade e isso volta à filosofia vista em muitas obras (Supernatural, por sinal, já abordou essa temática em alguns episódios) que defende que nenhuma ameaça é pior que o humano. Esse argumento é sempre válido, relata que independente do cenário, a ganância humana sempre vence e sempre há quem não se importe de passar por cima dos outros em busca de bem pessoal.
Esse argumento foi usado em vários momentos em The Walking Dead, entretanto foi mais bem representado através do Governador (David Morrissey) e o tão comentando Negan (Jeffrey Dean Morgan). O primeiro não é ruim de fato, a principio, mas bastou a ideia de algo interferir em sua vida perfeita para se tornar um monstro. Já Negan é cruel desde sua primeira menção, mostrando o medo que todos sentem a ouvir seu nome, essa crueldade é reforçada no último episódio da 6ª e primeiro da 7ª, onde o vilão de fato aparece e mostra que não está para brincadeira, usando de brutalidade e manipulação psicológica para dominar todos ao seu redor.
The Walking Dead é uma série polêmica, mas que possuí um bom argumento e uma sólida base de fãs. Por isso, há rumores de que a já está renovada até a 12ª temporada. Mesmo com seus problemas de construção, é um bom entretenimento para os fãs de ação e horror, com o adendo da análise filosófica sobre o comportamento humano.
A série está atualmente na 7ª temporada, em hiato.
https://youtu.be/UMw02U5tSTE
Curiosidade:
Para quem não sabe o ator Jeffrey Dean Morgan que interpreta o “amado” Negan também teve uma participação importante na série Supernatural como o patriarca dos Wincheters.
Na época da exibição do 1º episódio dessa temporada atual, Jensen Ackles (Dean), postou em sua conta pessoal no twitter uma foto do bastão de beisebal em cima do famoso Impala “Ei pai você esqueceu algo no Impala”
E a brincadeira continua
“Eu gosto desse negócio. Vou ficar com ele”, escreveu Ackles sobre o bastão”
Hey @JDMorgan I found this in the trunk…can I try it out?. Don’t miss tonight’s episode. It’s a knockout! #Supernatural #walkingdead pic.twitter.com/N0VooufX5u
— Jensen Ackles (@JensenAckles) 27 de outubro de 2016
@JensenAckles J. You weren’t supposed to find that. Gonna need her back son. I mean… I already gave you my car. And? I don’t know? Sorta, died for you.
— Jeffrey Dean Morgan (@JDMorgan) 27 de outubro de 2016
Dean Morgan respondeu no Twitter: “J, não era para você ter achado isso. Preciso de volta. Afinal, já te deixei meu carro e… bom, morri por você”, brincou.